O Congresso chileno aprovou uma reforma significativa no sistema de aposentadorias, com o objetivo de corrigir desigualdades e aumentar o valor das pensões. A mudança ocorre após anos de debates sobre a necessidade de um modelo mais solidário e eficiente.
Principais mudanças na Previdência chilena
A reforma traz alterações importantes no sistema previdenciário do país. Veja os principais pontos:
🔹 Aumento da contribuição dos empregadores: além dos 10% já descontados dos salários dos trabalhadores, as empresas agora terão que contribuir com mais 8,5%, elevando a contribuição total para 18,5%.
🔹 Criação de um seguro social: um fundo coletivo será financiado pelas contribuições dos empregadores, garantindo pensões mais justas e ajudando a reduzir desigualdades – especialmente entre homens e mulheres.
🔹 Fim do monopólio das AFPs: as Administradoras de Fundos de Pensão (AFP), criticadas por oferecerem aposentadorias baixas, serão reestruturadas. Agora, suas funções serão divididas entre gestoras administrativas e gestoras de investimento, permitindo a entrada de novas empresas, inclusive internacionais.
🔹 Livre escolha dos trabalhadores: os cidadãos poderão optar por manter seus fundos em instituições privadas ou migrar para a nova entidade pública que será criada para administrar os recursos.
Impacto da reforma
Essa reforma responde a uma demanda social que se arrasta há anos no Chile. O atual sistema, baseado na capitalização individual, gerava desigualdades e resultava em aposentadorias abaixo do esperado para muitos trabalhadores.
Com as novas regras, espera-se que as pensões aumentem gradualmente e que o modelo de previdência se torne mais solidário e sustentável no longo prazo.
Conclusão
A mudança no sistema previdenciário chileno reflete um movimento global de reformulação da seguridade social, equilibrando capitalização individual e solidariedade coletiva. Agora, resta acompanhar como as novas regras serão implementadas e seus impactos na vida dos aposentados.